terça-feira, 30 de março de 2010

:: Heima ::

Nunca fui fã de Sigur Ros. Achei sempre que a música deles era muito triste, depressiva até...

Um dia, ele, passou-me os cd's deles no trabalho e eu comecei a ouvi-los enquanto trabalhava. Mas ainda assim não conseguia ouvir muitas músicas seguidas. Até que,outra vez ele, me passou este filme...



E que hei-de dizer... apaixonei-me!
Deixei de ver a música como triste e depressiva, passei a ouvi-la apenas como BONITA, SIMPLES, PURA...

Adoro este documentário, por tudo: pela ideia, pela música, pela fotografia, pelas paisagens...
Despertou em mim não só o gosto pela música de Sigur Ros, mas pela Islândia, por conhecer a Islândia. Como diria outra islandesa conhecer
"emotional landscapes".

sexta-feira, 26 de março de 2010

:: Suspensão da incredulidade ::


Foi uma noite mágica, deliciosa, fantasista, intensa, alegre, nostálgica, doce, salgada, generosa, esplêndida...

"Umas tréguas com a vida, para que permitamos ser atacados por dentro, por nós próprios, no momento em que fechamos os olhos"
(Vinicio Capossela in, Solo Show)

Ainda ontem ouvi de Vinicio Capossela a mais bela frase alguma vez dita por um artista:

"o que acontece aqui no palco, já existe dentro de vocês"

:: evaporar ::

Sinto-me mais leve...

Como ela dizia há uns dias, muitas vezes, infelizmente, há que fechar "gavetas" na nossa vida. E abrir novas...

Tenho andado a tentar fechar algumas (a mais perra ainda não deu), ontem consegui fechar + uma.
É sempre estranho, porque fica um sentimento de perda, mas ao mesmo tempo sabemos que e temos a certeza que não podíamos mais continuar com algo que não é o que procuramos.
Mas no final, sabe tão bem quando nos conseguimos elevar acima de nós próprios e apenas desejamos sinceramente o bem daqueles à nossa volta... e percebemos que é nesse mesmo desejo que encontramos a nossa própria felicidade.

Tempo a gente tem
Quanto a gente dá
Corre o que correr
Custa o que custar

Tempo a gente dá
Quanto a gente tem
Custa o que correr
Corre o que custar

O tempo que eu perdi
Só agora eu sei
Aprender a dar
Foi o que ganhei

E ando ainda atrás
Desse tempo ter
Pude não correr
Dele me encontrar

Ahh não se mexeu
Beija-flor no ar

O rio fica lá
A água é que correu
Chega na maré
Ele vira mar

Como se morrer
Fosse desaguar
Derramar no céu
Se purificar

Ahh deixa pra trás
Sais e minerais, evaporar!

Rodrigo Amarante, Little Joy

quarta-feira, 17 de março de 2010

:: WOOW ::



Não via um concerto assim há muito tempo... E um concerto não me fazia sentir tão bem há muito tempo...
Foi espectacular!!!


[ My six sense tells me that my Dog Days are over...]

domingo, 14 de março de 2010

:: Reflexão ::

Os últimos meses não têm sido fáceis de levar. Envolta num remoinho de sentimentos que mais se assemelha a um tornado, tenho tentado manter a minha "sanidade" sentimental intacta. Tem sido muita coisa em pouco tempo... ao mesmo tempo.

Quando nos deparamos em momentos da nossa vida, que mais parecem pequenos pedaços de insanidade social e sentimental, muitas vezes sentimos-nos a descair para esse lado da insanidade, quase a nos deixamos levar para o meio da solidão, isolando-nos do mundo, chorando sozinhos e deixando de acreditar.

A minha mãe sempre foi muito crítica em relação à importância que eu sempre dei aos meus amigos - parece que a estou a ouvir - "Tu dás muito de ti aos amigos. Dás demais! Nisso sais ao teu pai..." - e é verdade. Hoje entendo muito melhor essa protecção desmedida que ela, à maneira dela me tentava dar. Porque perdermos um amigo "para a vida, e não por uma fatalidade, é uma dor dilacerante" (Daniela Arrais in don´t touch my moleskine)

E porque é que doí tanto?

Porque os amigos nós deixamos entrar na nossa vida, na nossa intimidade. Não é o mesmo que a família, esses estão lá com ou sem nós querermos. Mas os amigos são a "família do coração", somos nós que o colocamos na nossa vida. E quando eles nos magoam ou desaparecem nos momentos que mais precisamos deles, a dor é grande! Porque esse amigo é fruto de uma decisão nossa!
E isso conduz-nos a uma montanha russa de perguntas e divagação para tentar explicar, em último grau, uma "má decisão" que tivemos - a de deixar essa pessoa entrar na nossa vida e permanecer o tempo que permaneceu.


Mas os tornados e as viagens de montanha russa não duram para sempre. E mais, aprendemos que nos fartamos!

"A nossa maior glória não está em não cair, mas em levantar-mo-nos sempre que caímos"
Confúcio

sexta-feira, 12 de março de 2010

:: Rainy days ::

Agora que a chuva parece que nos deu descanso por uns dias, imagens como estas conseguem fazer-me sorrir :)

Baixo Gávea Debaixo D'água from Mellin Videos on Vimeo.



:: For today ::




A expectativa destrói muitas coisas. Mas aprender a evitá-la é uma arte.
Pedro Juan Gutiérrez

segunda-feira, 8 de março de 2010

:: Jabberwocky ::

'Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe;
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.

"Beware the Jabberwock, my son!
The jaws that bite, the claws that catch!
Beware the Jubjub bird, and shun
The frumious Bandersnatch!"

He took his vorpal sword in hand:
Long time the manxome foe he sought—
So rested he by the Tumtum tree,
And stood awhile in thought.

And as in uffish thought he stood,
The Jabberwock, with eyes of flame,
Came whiffling through the tulgey wood,
And burbled as it came!

One, two! One, two! and through and through
The vorpal blade went snicker-snack!
He left it dead, and with its head
He went galumphing back.

"And hast thou slain the Jabberwock?
Come to my arms, my beamish boy!
O frabjous day! Callooh! Callay!"
He chortled in his joy.

'Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe;
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.

Lewis Carroll

domingo, 7 de março de 2010

:: Sem rede ::

Fui ver a exposição da "Star sem system". Gostei imenso. É de facto uma oportunidade única de vermos o trabalho da Joana Vasconcelos. Tinha imensa curiosidade de ver ao vivo as peças "Táxi" e "Burka" e devo dizer que superaram as minhas expectativas, principalmente a "Táxi" (se pudesse comprava-a!!!) Outra obra que gostei mesmo muito foi "Fátima. Desde o caricato "road movie" até à própria Piaggio com as figuras de Nossa Senhora de Fátima.
And last but not least... "Jardim do Éden"... a transportar-me directamente para a minha infância e para os fins-de-semana em Estremoz a olhar para as flores de plástico brilhantes e luminosas que a minha avó tinha em cima de um móvel. Por falar nisso... se a minha avó ainda fosse viva, acho que iria delirar com esta exposição.